Depois daqueles dias difíceis fiquei um bom tempo em Montes Claros. Foram
semanas perfeitas. Loren (minha prima) tirou
carteira de motorista e me levou pra passear na sua “máquina mortifera”. Foram
altos passeios, muitas risadas, com Bruninha, Aninha e todo mundo. Foi muito
bom mesmo. Voltamos para BH no dia 15 (quarta-feira), e no domingo voltei para
o hospital para outra quimio, que começou na segunda-feira. Nem acreditei que
não passei mal. Essa foi a melhor, por causa do cateter implantado não me furaram
tantas vezes. Mansinha... a Metotrexato.
Fui embora na quinta-feira, a tempo de
pegar os preparativos para o natal na casa da Tia Dária e do Tio Marlindo. Meu
colega de quimio, o Bruninho não teve a mesma sorte que eu. A febre o fez
continuar internado e não deve ter sido fácil ficar lá na noite de natal. Tia
Dária preparou uma bela festa para a nossa família, lá no salão de festas do
prédio dela. A noite chegou e estavam todos aqui, meu pai, meu irmão, minha
mãe, alguns primos, algumas tias e apesar da ausência da Bruninha foi tudo
lindo. No outro dia fui com o papai e
mamãe na praça da liberdade. Que lindooo! A praça estava toda iluminada, e
mesmo passando um pouco mal, achei que o passeio foi perfeito. Papai e Buba (meu irmão) foram para Montes Claros.
Sobrou tanta comida boa do natal que aproveitamos até, eu, mamãe, tia Dária, e
tio Marlindo. Eu aproveitei até demais, porque passei mal, e a minha internação seria
neste mesmo dia. Já cheguei no hospital passando mal. Mas, outra quimio me esperava, e logo vieram
pulsionar o cateter e iniciar o soro que antecede cada sessão de quimioterapia.
Dinda tinha uma semana de folga do seu trabalho e foi sempre ficar comigo. Saí
na quinta-feira e adivinhem...Fui para Montes Claros!! Mas, foi uma loucura que conto depois.
Este é o poema que a Tia Sandra (Dinda) me dedicou no Natal. Foi texto
também do Cartão da loja da Tetê, a “Objetos com Alma”. Eu que já havia
conhecido “O pequeno príncipe “ (Rhuanzinho), já sabia que
Havia um menino...
para Bárbara
E havia um menino
Nascido na palha
E era ele o presente
De amor sem igual
Era filho de um Rei
Era o filho de Deus
Era só um menino
Que era todo humano.
E Veio o menino
Acordar a alma
Da gente que não sonha
E dos meninos tristes.
Encher as palmas das mãos
De todos os homens
De entrega e de esperança.
E ao lado do ouro
Da mirra e do incenso
Havia um burrinho, uma ovelha, uma estrela...
E o menino sorria
E tocava de luz
A alma dos homens, dos bichos
E de todas as coisas
Entre o céu e a terra.
Dinda
E havia um menino
Nascido na palha
E era ele o presente
De amor sem igual
Era filho de um Rei
Era o filho de Deus
Era só um menino
Que era todo humano.
E Veio o menino
Acordar a alma
Da gente que não sonha
E dos meninos tristes.
Encher as palmas das mãos
De todos os homens
De entrega e de esperança.
E ao lado do ouro
Da mirra e do incenso
Havia um burrinho, uma ovelha, uma estrela...
E o menino sorria
E tocava de luz
A alma dos homens, dos bichos
E de todas as coisas
Entre o céu e a terra.
Dinda
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